domingo, 5 de setembro de 2010

SEGURANÇA – UM PARADIGMA A SER SUPERADO

SEGURANÇA – UM PARADIGMA A SER SUPERADO

Nos últimos dias a sociedade tem sido testemunha de fatos que trazem uma nítida sensação de insegurança. Mães incentivando filhos a prática de agressões, condenações de adolescentes pela prática de bullying, festas open bar com presença de adolescentes, acidentes e brigas no trânsito, suicídios, agressões entre casais, condomínios de luxo e prédios invadidos, estupros e, finalmente, policiais e aeronaves “abatidos” numa suposta “guerra” entre o crime organizado e as forças de segurança pública. Diante de tais fatos, vimos também vários cidadãos atribuindo a responsabilidade para o combate da violência às polícias, sejam estaduais ou federais. Testemunhamos prefeitos afirmando que suas “guardas municipais” seriam reforçadas com a contratação de novos servidores, como se a solução fosse, simplesmente, o incremento de efetivo. Presenciamos os poucos Conselhos de Segurança Municipais existentes pressionando os chefes de polícia a substituírem os responsáveis pela segurança pública, sob a simples alegação de que “a mudança do técnico” resolveria o problema. Triste engano, pois o crime é um fenômeno social, multidisciplinar e que somente será vencido com a adoção de uma cultura de paz, aliás, fato já apontado por Mahatma Gandhi: “Não há caminho para a paz, a paz é o caminho”. Não se trata de, mais uma vez, chamar a responsabilidade da sociedade para a adoção de medidas que concretizem o mandamento constitucional de que a segurança é direito e obrigação de todos. Trata-se, entretanto, de uma mudança de atitude, da adoção de uma cultura de paz. Cada cidadão deve passar a respeitar os outros, respeitar os direitos humanos, adotar um comportamento que propicie a vida em sociedade, apesar das desigualdades e diversidades. Precisamos relembrar os princípios da cultura de paz e da não-violência. É necessário respeitar a vida e a dignidade da pessoa humana, evitar a prática de qualquer atitude que possa ofender uma pessoa (violência física, moral, social, psicológica, econômica etc.), agir com generosidade, compartilhar ações para minimizar a injustiça, a exclusão social e a opressão. É preciso defender a liberdade, é preciso ouvir para compreender e, em qualquer hipótese, preferir sempre o diálogo. A solidariedade deve ser encarada como um comportamento ético necessário e a proteção do meio ambiente como indispensável para a fruição de nossos direitos. A segurança, portanto, somente será alcançada com a participação de toda comunidade, cada pessoa adotando um comportamento de paz e colaborando com a prestação de informações para os órgãos formais de segurança. É preciso promover uma cultura de paz.

Um comentário:

  1. Oi !!!!!!
    É verdade ..ou haja polícia pa combater o crime rs !
    Eu acho sim que devemos nos conscientizar a favor da paz ... mas deve ser bem dificil , como vc mesmo citou , devido algumas adversidades e desigualdades que são revoltantes !
    Na verdade o problema teria que ser corrigido pela raiz , o buraco é mais embaixo !!
    Mas ja ajudaria bastante uma boa base familiar, menos libertinagem, algum incentivo com base em direitos e deveres ,cidadania, carater etc dentro das escolas ...está tudo uma festa do caqui..um salve-se quem puder , os malandros sempre vencendo afffffff

    Beijos

    Beijooos

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