sábado, 11 de setembro de 2010

GESTOR SOCIAL – UMA FICÇÃO OU REALIDADE

GESTOR SOCIAL – UMA FICÇÃO OU REALIDADE

A UNICEF estima a morte de 2.000 crianças por dia na América Latina. São mais de 2.250.000 partos sem recursos hospitalares. A média de escolaridade na América Latina é de 5,2 anos e quase a metade dos latino-americanos vive abaixo da linha de pobreza. Há problemas de acessibilidade, de preconceito racial e de segurança pública.
Contribuindo para piorar este quadro, estima-se que o trabalho escravo e a exploração de crianças possuem índices significativos. Isto sem falar no fenômeno social de “enfraquecimento da célula familiar”.
No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) aponta que 1/5 dos brasileiros são analfabetos funcionais, ou seja, escreve e lê frases simples. São mais de 14 milhões de analfabetos. Apenas 34,7% dos domicílios brasileiros possuem computador e 27,4% tem acesso a Internet (menos de 1/3 da população do País). Problemas de infra-estrutura básica ainda existem, pois apenas 59,1% das residências de brasileiros têm ligação de esgoto e pouco mais de 84% acesso a água encanada. É um problema ambiental!
Estamos envelhecendo e vivendo mais. Isto é bom! Somos mais de 21 milhões de brasileiros com 60 anos de idade. Isto deve ser um parâmetro para a definição de políticas públicas.
Mas, o que fazer? Temos acompanhado algumas propostas dos candidatos ao Congresso Nacional, em especial no horário de propaganda política, mas nenhuma proposta de política pública que possa minimizar os problemas citados. Trata-se de uma “pobreza de propostas”, e isto, infelizmente, tem sido constante neste período pré-eleitoral televisivo, comum aos eleitores. Por falar em pobreza, ainda temos uma distribuição de renda desigual. Neste caso é preciso que nós, eleitores, adotemos o ensinamento do sociólogo Bernardo Kliksberg, pois “é a pobreza que constitui o maior problema para se alcançar o desenvolvimento, pois dilapida o capital humano, impede o bem estar coletivo, restringe o mercado interno e faz brotar a instabilidade social e política”.
Precisar escolher, neste processo eleitoral democrático, pessoas que possuam conhecimento sistemático dos problemas sociais brasileiros, que estejam capacitadas para gerenciar estas questões, inclusive com experiência em gerência social. Tais problemas brasileiros não são localizados, mas são globalizados. Os futuros governantes precisam ser articuladores sociais, negociadores e mediadores de conflitos. Devem estar organizados virtualmente.
Este novo gestor social deve estar certo do caminho que o Estado deve trilhar, se deve ser o protagonista central ou um “estado mínimo”. Deve ser líder, mas também técnico. Não há mais espaço para o cometimento de erros.
Preste atenção eleitor! Sua escolha pode determinar nosso futuro.

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