domingo, 22 de maio de 2011

Policiamento Ostensivo em Universidades

Todos acompanharam o episódio lamentável que aconteceu na cidade universitária da USP-SP, que levou a morte prematura de um jovem. Isto demonstrou a fragilidade do sistema de segurança que atualmente existe naquela IES.

De tudo o que aconteceu, pode-se dizer que mudanças positivas poderão ocorrer, uma vez que, se me lembro, é a primeira vez que os estudantes pedem a presença da Polícia Militar no interior da Universidade. Da mesma forma, sabiamente, o reitor da USP foi enfático ao explicar as questões relativas a "autonomia das universidades". Afirmou ser favorável a presença da PM na USP e que isto não significa nenhum tolhimento na liberdade de expressão e de pensamento de seus alunos. Não há que se falar em ditadura nesta democracia. Acrescentou ainda que somente a Polícia Militar tem poder de polícia para realizar policiamento ostensivo fardado, conforme regramento constitucional. Demonstrou bom senso e sabedoria.

Agora é esperar que a PMESP faça um bom trabalho!


Fonte: www.terra.com.br

sábado, 21 de maio de 2011

"Talabarte de algemas"

Fonte: www.terra.com.br
Durante o cumprimento da ordem de prisão da pessoa suspeita da prática do crime de homicídio contra um empresário no interior de um motel carioca, um integrante da Polícia Civil daquele estado se exibe perante as câmeras dos diversos meios de comunicação, ostentando um “talabarte de algemas”. Num primeiro momento a imagem pareceu despercebida diante do sorriso “desagradável” do agente policial e da vitória da prisão da suspeita, mas uma parte daquela Corporação e da população brasileira apresenta indignação, uma não-concordância com o comportamento adotado pelo agente responsável pela aplicação da lei, ou seja, o uso do “talabarte de algemas” foi condenado. Este ato demonstra um comportamento potencial de desrespeito a ordem estabelecida, não apenas por infringir normas administrativas, mas por deixar, explicitamente, uma imagem da não concordância com os princípios de respeito ao ser humano. Nada há de comunitário ou de pacificação nesse comportamento. É possível relacionar o policial civil com o personagem sombrio e maléfico do desenho animando He-Man, o Esqueleto (sombrio, maléfico, traiçoeiro etc.). Resguardada as eventuais semelhanças, é possível uma breve análise sociológica que demonstra, ao final, que os princípios de respeito aos direitos humanos não estão internalizados naquele policial (com grande esforço em não generalizar, uma vez que o fato ocorreu numa delegacia de polícia, presenciado por advogados e outros policiais civis). Se não gerou surpresa entre aqueles que trabalham na delegacia onde o fato ocorreu, não resta dúvida de que o “talabarte de algemas” era costumeiramente utilizado. Quem sabe não surgirão outras imagens do mesmo policial.
 Fonte: www.imotion.com.br

A adoção dos princípios de direitos humanos, no sentido de preservar e defender a dignidade da pessoa humana, ainda é tarefa inacabada. Há muito há se discutir, há se trabalhar transversalmente e, digo ainda, de trabalhar diretamente esta questão. Do fato, sobra apenas a imagem de uma polícia que não se adequou a nova ordem jurídica e social.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Modismo Criminal

Hoje pela manhã, em entrevista a rede Globo, o Secretário de Segurança Pública lançou o modismo criminal. Incrível, apesar de todo esforço dedicado ao desenvolvimento da área de inteligência, surge o SSP dizendo que os crimes relacionados aos caixas eletrônicos é um "modismo, um crime da moda, assim como aconteceu com os roubos em joalherias". Pasmem amigos! Vamos esperar a moda passar que este crime para de acontecer ate o "próximo outono".

 Falta de preparo!