domingo, 24 de julho de 2016

Justa homenagem



Comandante Geral da Polícia Militar Paulista mostra que policiais militares são cidadãos e sua indignação com a morte de seus comandados


Parabéns Comandante! Este é o sentimento da família policial-militar ao vê-lo empunhando, com destaque, a tocha olímpica em nosso País e Estado.

Não obstante sua participação mostrar que policiais militares também são cidadãos da nossa comunidade, sua conduta se mostrou mais digna ao ter em seu braço, o mesmo que empunhou a tocha que tanto nos leva a paz, uma fita negra que demonstrava o luto de mais de 100.000 policiais militares do nosso Estado.

Basta de morte daqueles que prometeram sacrificar suas vidas! Basta de morte, seja militar ou não.

Com o sacrifício da própria vida!




Nosso Blog vem acompanhando com apreensão as notícias de morte de policiais militares e civis em nosso país. Em que pese o pensamento daqueles que apresentam a moléstia incurável da "policiafobia", as vidas destes policiais tem o mesmo valor de qualquer outra e, portanto, não podem ser desprezadas da maneira que vem ocorrendo.

Observem que a legislação penal é extremamente rigorosa no combate de desvios apresentados pelos agentes responsáveis pela segurança pública em nosso país. Em sentido oposto, tal premissa não é verdadeira.

Observem que o arcabouço jurídico de proteção dos direitos humanos disciplina toda a sorte de ações dos agentes responsáveis pela aplicação da lei, mas em nenhuma linha sugerem aos Estados que promovam legislação mais protetiva àqueles que prometem sacrificar suas vidas em prol da defesa de uma sociedade mais justa e pacífica.

Estranhamente, o que se vê na prática é um verdadeiro descaso dos governos, eis que a política salarial e assistencial cada vez mais demonstram que a vida desses profissionais não tem qualquer valor.

Veja, apenas a título de exemplo, que o salário inicial de um PM no estado de São Paulo não ultrapassa o bruto de R$ 3.000,00. Isto somando-se as parcelas fixas e os abonos criados pelo governo e que buscam apenas melhorar o salário daqueles que estão no serviço ativo.

É muito pouco para oferecer aquele que, sem qualquer sombra de dúvida, promete o sacrifício de sua vida, sem pensar em sua família.

Todos se calam ao ver um policial abatido. Esquecem que cada vez que um tomba no cumprimento do dever, a sociedade fica mais desprotegida, eis que perde um herói.

E como mudar isto? Como interromper esta tendência "policiofóbica"? Talvez nossos sociólogos possam estudar este fenômeno de forma científica e com mais propriedade. Entretanto, a imagem que nos é passada pelo comportamento de grande parte da comunidade é de que a vida do policial, um ser humano, não passa de um recurso que deve ser usado até ser exaurido.

Precisamos entender que em uma sociedade pacífica sempre será necessário uma polícia forte. Cada morte enfraquece a democracia e nos deixa afeto aos atos criminosos.

Que nossos representantes, civis e militares, assim como a comunidade, comecem a pensar nesta questão, pois um dia, em breve, vagas nas polícias serão oferecidas mas não haverá nenhum interessado.

E, quando isto ocorrer, quem vai nos proteger?