quarta-feira, 27 de julho de 2011

Carlos Tramontina e a Globo

Fonte: luannacota.blogspot.com


Nunca foi uma pessoa que apoiava o discurso referente a “burguesia dominante”. Tenho consciência de que o estudo pode fazer a diferença na vida (acredito realmente nisto). Entretanto continuo lendo mensagens que, repetidamente, criticam o “domínio da burguesia em nossa sociedade” (me lembro, neste caso, das aulas de sociologia do Prof. Baptistini quando fazia menção a obra Casagrande e Senzala), fato este que me tem levado a fazer uma reflexão sobre esta temática, deixando-me mais receptivo a este tipo de informação (o que, para mim, é bom. Deixo o pré-conceito de lado – exercício de grande dificuldade para nós professores). Desta feita, hoje (25jul11) ao assistir o SP TV, uma chamada atraiu minha curiosidade, uma vez que um receptador de carros roubados havia sido preso e fugido do compartimento de presos da viatura da Polícia Militar.

O âncora Tramontina, de forma irônica, narrou o evento dizendo que o receptador de carros roubados havia sido preso pela polícia e colocado no “porta-malas” da viatura policial e se aproveitando de um dispositivo que permite a abertura pelo lado de dentro, logrou êxito em abrir o compartimento e fugir algemado.

É, de fato, uma situação desagradável, mas não inusitada. Fugir algemado já ocorreu outras vezes, em várias polícias no mundo. Entretanto, foi inusitado o comentário despropositado do jornalista (profissão que sequer precisa de diploma), ao dizer, rindo ironicamente, que somente o policial não “sabia da fechadura anti-sequestro” do veículo. Desagradável sim, pois ele é formador de opinião. Indicou, rindo de forma jocosa, esse equívoco. Pior ainda, com certeza, várias outras pessoas (criminosas ou não) não sabiam da existência desta fechadura, fato que poderia salvar-lhe a vida. Agora todos sabem. Irresponsabilidade global (sem trocadilho!). Mais uma vez me vejo defronte a burguesia dominante!

Da mesma forma, Tramontina, o detido (e não preso! Isto requer outras formalidades) não foi colocado no porta-malas da viatura, mas no compartimento de presos. Afinal, “o mala” é o jornalista e não o criminoso.

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