quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Abono e Letalidade Policial

Letalidade Policial - Comandante Geral da Polícia Militar Paulista anuncia "bônus" para diminuição da letalidade policial
(fonte: O Estado de São Paulo)



O Comando-Geral da Polícia Militar vai criar uma remuneração variável para valorizar seus praças e oficiais. E os PMs que menos se envolverem em ocorrências suspeitas de resistência seguida de morte ganharão pontos para aumentar seus vencimentos. Um índice será feito com base em uma lista de metas ligadas à redução da criminalidade e à produtividade da ação policial relacionada, por exemplo, a apreensão de armas e revistas de suspeitos. Essa será uma das medidas a serem apresentadas pelo comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, para reformar a corporação. No cargo desde o dia 24 de abril, França falou ao jornal O Estado de S.Paulo sobre as estratégias que pretende implementar.

O plano já foi apresentado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. “O governador reagiu da seguinte forma: ‘Meus parabéns, aprovo na totalidade e tem minha liberação para colocar 100% dessas propostas em realidade’”, diz o comandante.

Outra medida importante é a descentralização da Corregedoria, com a criação de 12 escritórios regionais na capital, Grande São Paulo e no interior. A estrutura atual de 800 homens deve permanecer. O comandante diz que pretende ainda mudar as normas internas para tornar mais rápida a punição e a expulsão de policiais envolvidos em crimes.

França diz que a reforma não tem o objetivo de responder à sucessão de notícias negativas na área da Segurança Pública que vieram à tona no período de sua gestão. Entre os principais problemas, houve, em junho, uma sequência de seis PMs executados. Escutas da Polícia Civil identificaram criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) como os responsáveis. Até ontem, 54 policiais militares já haviam morrido a tiros neste ano. Também cresceram no Estado e na capital as taxas de crime contra o patrimônio e contra a pessoa, como os homicídios.

No fim do mês passado, a morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 42 anos, assassinado por PMs durante uma abordagem, causou uma série de críticas. Movimentos sociais iniciaram coleta de assinaturas pedindo a desmilitarização da corporação, e a Defensoria e o Ministério Público Federal (MPF) ameaçam entrar com ações contra o Comando.

Perfil

Segundo França, a reforma é necessária por causa do tipo de demanda que a população tem dos serviços da polícia. Ele afirma que, no ano passado, entre os 43 milhões de chamados feitos pelo 190, 90% foram pedidos de intervenção social, como partos, mediações de conflitos, problemas de barulhos. Só 10% estavam relacionados a crimes.

França afirma também que pretende reformar a PM para que a corporação seja vista como “um manto protetor”. Ele cita a polícia inglesa e a experiência vivida por um primo na Inglaterra como a meta e o modelo. O primo do comandante-geral estava correndo de bicicleta acima da velocidade permitida quando foi parado. Os policiais checaram no rádio se ele era foragido ou se tinha problemas na Justiça. Diante do resultado negativo, perguntaram por que corria. Ele explicou que havia emprestado o blusão para um amigo e corria para não ter hipotermia.

Os policiais colocaram a bicicleta dentro de uma viatura e o levaram para casa. Depois de dez minutos, voltaram a ligar para saber se o risco de hipotermia havia passado. “Esse tipo de postura, que nossa polícia não tem, dá ao cidadão a sensação de segurança. É o que buscamos fazer com a proposta de reforma.” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/pm-matar-poder%C3%A1-ganhar-gratifica%C3%A7%C3%A3o-sp-141100609.html



Minority Report

Será possível?


Estudiosos começam trabalhos para determinar um algorítimo capaz de "predizer" o crime.

Reportagem publicada aponta para a evolução do big brother a partir do uso de sinais dos telefones celulares. Pode parecer um ensaio futuro, mas soluções de sequestros nos dias atuais já vem utilizando os sinais dos telefones celulares para demarcar regiões onde existe possibilidade da presença dos criminosos ou dos cativeiros.

Trata-se de uma tecnologia que associada aos vários bancos de dados pode realmente interferir no processo de prevenção de crimes.

Vamos aguardar mais esta novidade.





sexta-feira, 3 de agosto de 2012

LUTO



Luto pela morte de mais um policial militar


 
A quantidade de policiais militares mortos em serviço (ou não) cresce a cada dia. Há vários especialistas apresentando versões sobre estes episódios, mas todos exibem apenas percepções pessoais. Não há, ainda, um estudo a respeito deste fenômeno. Todos sabem que alguns morrem no bico, outros em serviço e, alguns, sem motivo algum. O fato é que uma vida se perde.
Lí, em um e-mail, uma manifestação contra a polícia militar dizendo que, historicamente, era violenta e que suas estrelas ostentavam orgulhosamente o direito de força, inclusive letal. Lí, numa manifestação no facebook, de um "moleque" (pela idade ainda não sabe nada da vida) que dizia que todo dia um PM deveria morrer. Uma criança que, além de imatura, não respeita e sequer sabe o valor de uma vida. Uma besteira.
Escutei outras manifestações dizendo que policiais militares devem realmente serem atacados, pois isto seria uma vontade do povo. Tenho visto manifestações de todos os tipos, internas ou não, que falam da violência praticada e da violência sofrida. Disseram que isto ocorre por falta de comando, pela perda dos princípios hierárquicos e pela disciplina afrouxada que atualmente impera na Instituição.

Ví depoimentos estimulando a violência policial. Outros atiçando os grupos organizados. O fato é que a violência esta nas ruas de todas cidades.
Não acredito em nada disto. O culto a violência é algo real. A vida não tem mais nenhum valor. Basta assistir a novela da Globo, do horário nobre, que há dias vem mostrando atos de violência e de desrespeito a pessoa humana. O Brasil para para ver a violência. Jornais vendem em função da violência. A cada dia temos mais iniciantes na vida do crime.

Violência doméstica, violência no esporte, violência em todo lugar. Um culto sobre a democracia com libertinagem. Poder público contra poder público. Crítica a qualquer iniciativa, mesma que se destine a melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Enfim, só resta a polícia. Um confronto de poucos contra todos. Um confronto de poucos que prometem sacrificar sua própria vida em prol de pessoas que sequer conhecem ou possuem qualquer ligação afetiva. São voluntários natos.

Isto me preocupa, pois violência somente gera mais violência. Assim, numa reverência respeitosa, perfilo-me diante dos heróis tombados.









Lealdade e Constância




Lealdade e Constância é nosso lema.

 
Cada estrela representa uma participação da Instituição na solidificação da democracia.

1ª estrela – 15 de Dezembro de 1831, criação da Milícia Bandeirante.

2ª estrela – 1838, Guerra dos Farrapos.

3ª estrela – 1839, Campos dos Palmas.

4ª estrela – 1842, Revolução Liberal de Sorocaba.

5ª estrela – 1865 a 1870, Guerra do Paraguai.

6ª estrela– 1893, Revolta da Armada (Revolução Federalista).

7ª estrela – 1896, Questão dos Protocolos.

8ª estrela – 1897, Campanha de Canudos.

9ª estrela – 1910, Revolta do Marinheiro João Cândido.

10ª estrela – 1917, Greve Operária.

11ª estrela – 1922, “Os 18 do Forte de Copacabana” e Sedição do Mato Grosso.

12ª estrela – 1924, Revolução de São Paulo e Campanhas do Sul.

13ª estrela – 1926, Campanhas do Nordeste e Goiás.

14ª estrela– 1930, Revolução Outubrista-Getúlio Vargas.

15ª estrela 1932, Revolução Constitucionalista.

16ª estrela – 1935/1937, Movimentos Extremistas.

17ª estrela– 1942/1945, 2ª Guerra Mundial.

18ª estrela – 1964, Revolução de Março.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Violência Policial - Síndrome do Capitão do Mato



Violência Policial Carioca


A edição do dia 31 de julho de 2012 do Jornal Nacional exibiu imagens a respeito de uma ação da Polícia Militar carioca. Trata-se de um disparo de arma de fogo, totalmente desnecessário, contra um marginal que já estava dominado e, inclusive, algemado.

Não há dúvida de que as normas legais e éticas que balizam a profissão foram rompidas na ação do policial. Um ato de violência totalmente desnecessário. Esta ação não encontra respaldo em nenhum modelo de uso de força adotadado pelas corporações policiais em todo mundo. Não há justificativa para esta ação que, ao final, macula a imagem de todas policiais militares brasileiras.

Se não bastasse a orientação da ONU para a extinção das corporações militares na área de segurança pública, ainda surgem grupos (isolados ou não) que se prestam a atuar "a margem da lei" e do Código de Ética. Não há dúvida de que a imagem relacional das polícias fica prejudicada e que, mais uma vez, se aflora a "Síndrome do capitão do mato".

Esta doença, permeada na comunidade de forma geral e transferida para as polícias (inclusive a civil) baliza as ações prioritariamente para o combate do crime e "caça" aos criminosos, esquecendo o verdadeiro papel das forças públicas em ambiente democrático.

Exemplos como o batalhão da Cidadania da PMPR, dos núcleos comunitários da PMESP e da pacificação da própria polícia carioca ainda não são suficientes para extirpar esta doença do seio das polícias.

O pior é que em ano eleitoral as medidas corretivas acabam tendo mais valor político do que quebras de paradigmas ou de mudanças de comportamento.

O certo é que, no caso carioca, a prisão do policial que disparou contra o marginal detido é insuficiente para "limpar" o estrago que foi feito.

Ainda é preciso cultuar a proteção da vida e da dignidade da pessoa humana nas instituições. E não pense que isto se aplica somente somente as polícias militares! Se aplica também as demais instituições que de qualquer forma estejam ligadas ao sistema de segurança pública arrolado no artigo 144 da Constituição Federal. Todas elas estão maculadas pela Sindrome do Capitão do Mato.

Veja o vídeo do JN!