quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Motivação nas Integrações e fusões




É uma tendência do mercado, de forma geral, a ocorrências de fusões e aquisições. Não se trata de criar monopólios, mas de criar uma oferta de produtos e serviços que se torne competitiva ao ponto de gerar riqueza econômica e social. Ocorre que estes processos de fusões ou de aquisições são traumáticos, uma vez que o quadro de colaboradores é afetado sobremaneira, mormente que cargos e funções podem ser suprimidos em face da estratégia a ser adotada pela “nova” empresa. Neste ponto a liderança é importante, uma vez que cabe a ela a nobre (e difícil, neste caso) tarefa de conduzir pessoas para o êxito, ou seja, motivar os colaboradores. Pesquisas recentes (CONARH ABRH 2011) informam que alguns aspectos são altamente motivadores, entre os quais, no caso das fusões e aquisições, adquirem vital importância.

O sentimento de trabalhar num local onde o relacionamento entre as pessoas seja saudável é fator primordial na motivação. Entretanto, o relacionamento entre as partes das empresas fundidas ou adquiridas é extremamente sensível, uma vez que assume um formato de “vencedores e vencidos”. Quem chega quer assumir e consolidar seu trabalho e quem recebe os novos companheiros não consegue afastar o “fantasma do desemprego”, uma vez que cortes na força de trabalho são conseqüências destes processos. Como então convencer as pessoas que, inseguras (lembre-se aqui da pirâmide de Maslow) apresentam comportamento defensivo e que precisam “continuar acreditando”? Evidente que não basta acenar com o paradigma de que “o processo se apresenta como uma oportunidade para as partes”. É preciso muito mais... É preciso sinalizar para as pessoas qual é a intenção da “nova empresa”, quais são seus valores, seu código de ética etc. Neste caso, a liderança deve “realmente estar a frente de reuniões” de integração. O tratamento deve ser digno (a dignidade da pessoa humana precisa ser respeitada) e transparente e, obrigatoriamente, respeitoso. Algumas fusões se apresentam como verdadeiras “batalhas” entre os “vencidos e vencedores”.

É preciso que, imediatamente após as primeiras ações de integração, seja a força de trabalho “conhecida e reconhecida” pelos “novos chefes”. Este reconhecimento deve ocorrer no menor prazo possível, pois indica que o funcionário pode ser “aproveitado” pela “nova empresa” e este fato, sem sombra de dúvida, é altamente motivador. Infelizmente esta conduta da liderança na maioria das vezes é tardia, demora a ocorrer e fica “acobertada” na ilusão de que os sistemas de gestão precisam de tempo para serem conhecidos. Esquecem os líderes de que não há gestão sem pessoas comprometidas. De nada serve a tecnologia se as pessoas envolvidas estão totalmente desmotivadas. É comum um comportamento lecefer da liderança nestes casos de fusões e aquisições.

Ainda na busca de motivar a força colaboradora, é preciso que os líderes se apresentem (a liderança precisa ser mostrada, numa via quase que inversa da tradicional, onde a liderança é percebida) e mostrem “para que vieram”. Não há dúvida que este comportamento pode causar empatia e criar uma “certa admiração”. Quem admira passa a respeitar e se sente comprometido na busca das metas de trabalho.

Outro fator a ser rapidamente demonstrado pela liderança na busca de motivar sua força de trabalho é a criação de desafios. A pesquisa citada mostra de quase 8% da força de trabalho (homens e mulheres) entende que o fato de terem desafios constantes é um fator altamente motivador. As metas, portanto, devem ser claras e compartilhadas rapidamente. Aquele que recebe metas se sente integrado na nova empresa e, portanto, passa a ter sua “segurança” assegurada. Não há dúvida de que este comportamento facilita a integração e motiva a busca dos resultados.

Só resta afirmar que a motivação somente será feita pela liderança a partir do momento em que se estabelece uma conexão eficiente em que se pretende o estabelecimento de parceria no novo ambiente corporativo, na busca do tão sonhado sucesso!

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