sexta-feira, 10 de maio de 2013

Hoje eu "desaprendi" na Academia!



Hoje eu "desaprendi"

Tenho aprendido muito nesta experiência de frequentar um mestrado profissional da Academia, como eles, professores mestres e doutores, o batizaram. Confesso que tenho aprendido muito, não apenas em brilhantes aulas, mas também pelo esforço de leitura e de tempo destinado aos estudos. Pasmem... até alguns paradigmas estavam sendo substituídos por outros, ditos "politicamente corretos". Estava até, defendendo o programa, vendo-o como uma possibilidade de crescimento profissional e como "ser humano".

Mas, pela primeira vez em minha vida acadêmica tive a oportunidade de apreciar um "desabafo científico". Nunca havia tido esta oportunidade, nunca sequer havia lido sobre esta possibilidade. Talvez, por nunca  haver frequentado tão nobre assento escolar, ou por nunca ter lido as "obras corretas".

Mas hoje, por mais de 40 minutos, calei-me diante de uma série de impropérios recheados e fundamentados em preconceitos que, ao final, foram justificados como sendo fruto de conhecimento científico de uma "academia". Este desabafo, recheado de emoção foi elogiado por outros que "me superam em conhecimento, haja vista que "compreenderam" a profundidade desta  "importante construção científica". Foi apenas um discurso preconceituoso, idêntico aqueles que criticam.

Me senti ofendido, não apenas como aluno do programa, mas, principalmente, por pertencer a instituição que foi criticada de forma "tão científica". Não posso admitir, não apenas pelo respeito e admiração que irei nutrir até o fim de minha vida a essa instituição, mas por saber que este educador profere "ofensas" sem sequer conhecer a POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Pior ainda, seus conhecimentos "científicos" são frutos de uma observação etnográfica colhida diretamente daqueles que desrespeitam a ordem estabelecida pela legislação, daqueles que são "potenciais agressores da sociedade".

Você pode não admitir a existência de uma força pública que é a maior da América Latina! Você pode não compreender que ela responde a violência que é perpetrada por uma parcela de pessoas que não podem ser considerados cidadãos. Você não pode e nunca será capaz de compreender que é esta força pública que mantém a ordem num Estado com mais de 44 milhões de habitantes. Você não será capaz de compreender, pois nunca perceberá determinados valores, pois lhe faltará "conhecimento científico".

Assistir filmes feitos para "esclarecer a sociedade é fácil". Defender que a liberação das drogas irá diminuir o crime é uma "blasfêmia", uma ofensa ao cidadão que se preocupa com sua família. Clamar por experiências "científicas" para dizer que a liberação das drogas irá diminuir a violência é infantilidade. Provê-me, e não precisa ser cientificamente, que a liberação do consumo deixará de contribuir com o tráfico de armas ou com o crime organizado. Isto é sim, apologia! (e não preciso falar do que!).

Dizer que é vai até as "comunidades carentes", que vai lá duas vezes por semana não me convence. Vá até lá cumprir uma ordem judicial ou prender alguns "daqueles que você defende"? Nós fazemos isto! Aristóteles, com certeza, não se "revira em seu túmulo". Platão, talvez! Afinal, somente ele pode compreender os antropólogos.

De fato não me permito defender "os menores infratores" (é este o termo correto). Permito-me sim, defender crianças e adolescentes que merecem ter sua dignidade respeitada. Esses, que você defende, não!

Convido-o a conhecer a minha Academia (aliás nem precisava fazer isto, afinal ela é do povo). Lá irá conhecer valores como Lealdade, Constância, Honra, Fidelidade, Abnegação, Compromisso, Solidariedade  entre tantos que outros que lá existem e que seus "defendidos" sequer conhecem.

A propósito: eu conheci a sua Academia! Lá só encontrei valores como cerveja, festa, baderna e maconha!

Ainda: ESTE NÃO É UM DESABAFO CIENTÍFICO.


PS: calei-me, na aula, em razão de minha formação! Obrigado PMESP. 



Um comentário:

  1. Parabéns, caro amigo/irmão Jefferson, brilhante defesa de nossos valores. Giffoni - Asp 84

    ResponderExcluir