terça-feira, 31 de julho de 2012

CIVISMO E CIDADANIA

Trata de artigo de autoria do Cel Res Iracy Vieira Catalano, o qual versa sobre a prática de civismo. Parabéns Cmt, pela clareza de seus ensinamentos.



CIVISMO, DIREITOS, DEVER E VIVÊNCIA DA CIDADANIA
 
CEL IRACY VIEIRA CATALANO


Civismo é o corolário da consciência pessoal de uma participação ativa e a constatação da devoção pelo comprometimento público, pela conveniência e pela causa pública, objetivando o bem estar igualitário. É a coragem de assumir mudanças pessoais, superando a moral da omissão. É o sêmen, predicado moral e eqüidade que nos impulsiona e incentiva ao bom emprego da virtude, e a conformidade da coletividade.  É o amor à Pátria. É o amor à sociedade em que convive. O civismo transmuda o indivíduo num cidadão digno, disciplinado, probo e de caráter altivo em um espaçoso caminho, buscando colocá-lo e revitalizá-lo, dentro de suas particularidades, aos grupos a que ele pertence.

O indivíduo aconchegado aos atos cívicos tem um espírito devotado e abnegativo numa contínua doação aos seus semelhantes, cotizando-se para o acrescimento comum e uma imutável e inabalável fidelidade aos preceitos legais, aos hábitos e costumes sadios, aos ideais fundamentados na exata observância cultural e nas suas perspectivas.

O ser humano para ter os atributos de um autêntico cidadão tem que estar alicerçado em inclinações morais e éticas sólidas, apegando-se com a concepção do seu caráter, num clima de compreensão, de estabilidade emocional, de razoabilidade e de ordem, com equanimidade, dinamismo e verdadeiro espírito de solidariedade humana, sem os retrógrados indicadores abstratos do negativismo derrotista.

Todos nós temos direitos e deveres, mas antes de avocar os nossos legítimos direitos, concernentes às pessoas, aos bens e às relações essenciais do cidadão, conforme as regras do Direito, da eqüidade ou da justiça, e temos que fazê-lo, carecemos também exercer os nossos comprometimentos cívicos, que são decorrentes do amor à Pátria, que é na verdade, sentimento superior a todos os que se arrolam com os interesses ou conveniências de ordem individual.

O dever de um modo genérico é a obrigação de fazer ou deixar de fazer algo imposto por alguma lei, pela moral, pelos usos e costumes, ou pela própria consciência. Assim, dever da consciência é aquele que deriva da noção que o homem deve ter do que é bom e justo. Dever de honra é o que resulta das leis e convenções estabelecidas pela sociedade.

A obediência às leis, o acatamento às autoridades, a escolha criteriosa, ponderada e ajuizada de representantes políticos capazes, honrados e determinados, o civismo, a disciplina, a consciência moral e a reverência lépida aos nossos semelhantes, são alguns dos deveres mais importantes para a revitalização da sociedade.

A criatura humana como um ser social, não deve viver descurada dos deveres individuais, porque por estes valores, é que serão aprumados e alcantilados os seus direitos como confiável cidadão. Rezingar seus direitos, sem reciprocamente cumprir seus deveres, é ludíbrio, retrocesso, canalhice e adormecimento social.

Devemos ter um experimento de vida coerente e circunspeto conectado sempre com os arroubos da cidadania, e estaremos dimanando uma sociedade forte, alentada, sem violência e sem cizânia. É preciso coexistir um civismo que nos permita continuamente amar ao próximo com uma ação solidária e consciente; trabalhar pela altivez e nobreza da Pátria e debelar a ausência de conhecimentos, com estudo adequado para si e para sua família, para podermos afrontar as atribulações, desencantos e alternativas da vida moderna.

Devemos também viver uma cidadania que nos dê forças para enfrentar a miséria, o subemprego e a dor, e obsoletar as injustiças sociais; e nos esforçar sempre para apreender e repensar um civismo impoluto e de escola ativa, de arquétipo às futuras gerações, para entrosamento e materialização de uma sociedade que nos permita conviver com amor, amizade na experiência de todos os dias, sem a legitimação da violência e da opressão, que enjaula a sociedade e mutila os indivíduos, ocasionando a labirintite cívica.

É bom preencher seus Direitos. Melhor ainda é cumprir seus Direitos como legítimo cidadão, sem afastar seus deveres.

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